1. Se me permites...
Se me permites... serei teu/ tua educador (a) e vou inventar para ti o mais
belo conto, onde os dinossáurios existem, o lobo é finalmente
amoroso e as fadas se enamoram da lua e do sol.
Se me permites..., vamos pintar um muro velho com todas as tintas das
cores do arco-íris.
Se me permites..., construimos um barquinho de cartão, enfeitado de mil
pioneses e bandeira de algodão para irmos até á terra dos piratas, dos
ogres bons e do gigante folgazão.
Se me permites..., vamos explorar a ciência, entrar em aventuras e
despertar o sapo gordo que começará a cantar uma belíssima canção.
Se me permites..., faremos os mais deliciosos doces, com “açúcar e
afecto”, transformando caras tristes ou chorosas em carinhas com
risos de chocolate.
Se me permites..., sentiremos a emoção de abrir uma grande caixa e
partilhar as magias que sempre lá estiveram para ti.
Se me permites..., havemos de partilhar a Primavera, de lançar á
brisa sementinhas de amizade, de correr atrás das borboletas, dos
pardais, e ver o trilho das lagartas.
Se me permites..., brincamos com o Dó Ré Mi para compor uma canção
que nos fale de família, que acenda sonho, a esperança, a paz e a união.
Se me permites..., transformo-me em cantor (a), trapezista, mago, rei,
rainha, inventor (a) do amor, bruxa, sábio ou em coelho roedor.
Só mesmo se me permites, poderei ser teu/ tua educador (a) e fazer de
cada dia a grande festa do deslumbramento das primeiras descobertas,
ajudar-te a aprender brincando e construir contigo o caminho enquanto
vamos andando.
Cecília Sabbatini